quinta-feira, 4 de abril de 2013

Hello, everybody!

Bem, depois de muito tempo sem postagens, gostaríamos de pedir desculpas.
O ano passado, foi um ano de muitas ações em nosso projeto, embora não postamos os resultados em seu tempo, gostaria, hoje, de descrever algumas dessas ações:

Para ficarmos ainda mais orgulhosos com nosso trabalho, na última edição da Revista A&E, da Editora Positivo, nossa escola foi honrada com uma nota de reconhecimento ao nosso projeto de Ativismo Ambiental.
Estamos felizes por sabermos que nossas ações estão sendo vistas, mais acima de tudo que elas estão ecoando através das atitudes de nossos alunos.
Para continuarmos com nossa luta pelo desenvolvimento sustentável em 2012, os alunos do 3º ano do Ensino Médio, o professor Cássio e a professora Carla, autora do projeto, buscaram por parcerias com todos os supermercados da cidade, o objetivo apresentado a todos os responsáveis foi o de conscientizar as pessoas com uma mobilização em praça pública sobre a utilização das ECOBAGS, pois sabemos que o uso de sacolas plásticas é um veneno e além de sujar o planeta, levam cerca de 400 anos para se decompor. Os supermercados são os grandes distribuidores de sacolas plásticas, buscamos neles, a parceria de unirmos forças contra esse mal.
São parceiros da Escola Evangélica e amigos do meio ambiente, unidos por um planeta mais limpo e mais saudável: Supermercado Master/ Supermercado do Edinho/Supermercado Seiara/ Supermercado 3 Irmãos/ Supermercado Santa Vitória/ Supermercado Bom Dia/Supermercado JK/ Supermercado Ideal/ Supermercado Rezende e ainda: Shoppingaz/ Moura Gás/ Confecções Kaiman e Rádio Patriarca.
Todos os parceiros, de prontidão atenderam nosso pedido e ficaram animados com a iniciativa da escola.
Para tal evento, os alunos do Ensino Fundamental II e Ensino Médio estavam uniformizados levando uma mensagem de conscientização ecológica, carregando cartazes, banners e faixas defendendo nossa ideia e distribuíram ECOBAGS a população presente.
A mobilização teve início nas dependências de nossa escola, os alunos saíram de bicicletas divulgando a importância de utilizarmos meios de transportes, ecologicamente corretos, momento que aproveitaremos para enfocarmos outra ação o “BIKE DAY” – Dia da Bicicleta, os alunos defenderam o uso de um meio de transporte sustentável. Assim, foi uma boa oportunidade para engajar nossos alunos em movimentos de tamanha importância para o nosso planeta.
A mobilização sobre o uso das ECOBAGS e o II Bike Day aconteceram na Semana do Meio Ambiente e todos os alunos ficaram felizes, mostrando como pequenas atitudes podem ajudar para que nosso planeta seja mais saudável. 
A polícia militar esteve presente no evento, para garantir a segurança de todos nossos alunos durante a realização de nossa mobilização, ficamos felizes, pois os próprios policiais se mostraram contentes com nossa iniciativa.
Os alunos do 9º ano do Ensino Fundamental, na semana do meio ambiente, realizaram também, um seminário, com a construção de maquetes e elaboração de slides, sob a orientação da Profª de Ciências, Márcia Magali", o objetivo era mostrar como a poluição interfere em nosso meio. 
Em comemoração ao meio ambiente, os alunos da Educação Infantil e Ensino Fundamental I ouviram uma palestra com a professora Carla e o diretor Valmir, sobre a importância da coleta seletiva.
Neste dia, a professora Carla enfatizou que o lixo orgânico pode contaminar os resíduos recicláveis e que por isso, enfocou que é de fundamental importância separarmos o lixo seco do lixo molhado. Para que os alunos pudessem colocar o aprendido em prática, neste dia, implantamos junto aos coletores coloridos e o Mr. Pilha, coletor de baterias, o coletor de lixo orgânico, todos ficaram animados.
O diretor falou da necessidade de todos os alunos contribuírem com a coleta seletiva na escola, pois nossa escola tem status de sustentável e todos os membros da escola devem mostrar que isso é uma verdade sendo exemplos para todos de fora da escola e que, portanto, em suas casas deveriam conscientizar também na coleta seletiva.
Ficou estabelecido neste dia também, que na última aula do dia, um aluno deveria pegar a lixeira da sala, com o lixo seco e depositar separadamente nos coletores. Logo, todos queriam ser amigos do planeta e contribuir com esta prática. 
Em junho/2012, os alunos do 9º ano do Ensino Fundamental iniciaram uma campanha nas disciplinas de Química e Língua Inglesa, para recolherem óleo sujo de cozinha e então, dar início a uma FÁBRICA DE SABÃO. O objetivo é conscientizar não só nossos alunos, mas todos de nossa comunidade, enfatizando que jogar o óleo na pia é prejudicial ao nosso planeta.
Para isso, todos os alunos da escola passaram a ser parceiros do planeta, conscientizando a todos em suas casas e vizinhanças sobre esta questão e tem recolhido e trazido para a escola, óleo sujo de cozinha em garrafas Pet.
Nossa primeira produção de sabão aconteceu em 22 de Novembro 2012, depois de algumas sugestões dos alunos, o sabão recebeu o nome de “ECO FRIEND SOAP”. Todas as barras de sabão, depois de desenformadas e cortadas, foram encapadas com folhas de revistas usadas e recebeu uma linda etiqueta: 
 

RECEITA DO SABÃO “ECO FRIEND”

INGREDIENTES:
2 litros de óleo sujo
1kg de soda
6 litros de água

MODO DE FAZER:
Em um recipiente, dissolva a soda em 2 litros de água, misture bem e então acrescente o óleo sujo, o restante da água e bata bem até o sabão engrossar, distribua em caixinhas vazias de leite e aguarde alguns dias até endurecer para cortar e usar.
No início de novembro de 2012, pensando que metade do nosso lixo não é lixo, mas sim matérias recicláveis e que a reciclagem obedece à regra dos 3Rs:

Reduzir Reutilizar Reciclar

Os alunos do 5º ano do Ensino Fundamental iniciaram uma campanha de coleta de roupas e brinquedos, porque quando doamos aquilo que não usamos mais, estamos ajudando duas vezes, sendo solidários com o próximo e também contribuindo com o planeta, na função de REDUZIR e REUTILIZAR.
As doações serão feitas a Casa de Apoio, Asilo e Casa de Recuperação e acontecerão no dia 06 de dezembro de 2012.
Os alunos do 5º ano mobilizaram todos os colegas da escola, matutino e vespertino, para que contribuam com esta ação, a galera está empolgada, isso é muito bom.

No dia 05 de dezembro de 2012, os alunos do 3º ano do Ensino Fundamental realizaram nosso III Bike Day, mais uma vez a escola levantou a bandeira da sustentabilidade e levou para as ruas de nossa cidade a mensagem de que para colaborar com a saúde do planeta, não precisa de muita coisa e sim a matéria prima fundamental: ATITUDE.

Agora, em 2013, já temos algumas ações em andamento e logo, logo, publicaremos as ideias e os resultados.

Aguardem!!!!!!!!!!

quarta-feira, 6 de junho de 2012

II Bike Day e Mobilização na Praça sobre o uso das ECOBAGS

Porque querem ser a diferença e a conexão para o mundo, os alunos da Escola Evangélica colaboram com a sustentabilidade de nosso planeta.

Estamos na Semana do Meio Ambiente e para enfatizar o quanto a Escola Evangélica se preocupa com a saúde do planeta, com seu Projeto: Ativismo Ambiental – Uma questão de solidariedade humana, a escola realizou hoje pela manhã, mais duas ações:

II Bike Day, manifesto que incentiva meios de transportes ecologicamente corretos

e também

Manifestação em praça pública sobre o uso das ECOBAGS – Sacolas Retornáveis: as sacolas de plástico, além de sujar o planeta, levam cerca de 400 anos para se decompor.


Entre você também nessa luta pelo desenvolvimento sustentável!

São parceiros da Escola Evangélica e amigos do meio ambiente, unidos por um planeta mais limpo e mais saudável: Supermercado Master/ Supermercado do Edinho/Supermercado Seiara/ Supermercado 3 Irmãos/ Supermercado Santa Vitória/ Supermercado Bom Dia/Supermercado JK/ Supermercado Ideal/ Supermercado Rezende/ Shoppingaz/ Moura Gás/ Confecções Kaiman e Rádio Patriarca.

Seja você também, amigo do meio ambiente!

Escola Evangélica – Educação que Transforma.

terça-feira, 5 de junho de 2012

Don't use plastic bags - Top 10

Eis aqui dez motivos para você não usar sacolas plásticas e defender essa causa.

1. Os plásticos convencionais levam cerca de 400 anos para se decompor. Segundo um levantamento do Ministério do Meio Ambiente, de 2009, cada família brasileira descarta cerca de 40kg de plásticos por ano e mais de 80% dos plásticos são utilizados apenas 1 vez.
2. Por serem leves, os sacos plásticos voam com o vento para diversos locais e acabam poluindo não apenas as cidades, mas também nossos biomas, as florestas, rios, lagos e oceanos.
3. A sopa de lixo que flutua pelo oceano Pacífico contém mais de 100 milhões de toneladas, sendo que 90% são constituídos de detritos de plástico. Desse total, 80% vêm do continente.
4. Nos oceanos, as sacolas plásticas se arrebentam em pedaços menores e se tornam parte da cadeia alimentar de animais marinhos dos mais variados tamanhos. Ao ingerirmos esses animais, engolimos também resíduos de plástico que fazem mal à nossa saúde.
5. A ingestão de pedaços de sacolas plásticas já é uma das principais causas das mortes de tartarugas, que confundem o plástico com comida e têm seu aparelho digestivo obstruído. Estima-se, ainda, que em torno de 100 mil mamíferos e pássaros morram sufocados por ano por ingerirem sacos plásticos. Na Índia, cerca de 100 vacas morrem por dia por comerem sacolas plásticas misturadas a restos de alimentos.
6. Nas cidades, as sacolas descartadas de maneira incorreta entopem bueiros, provocando enchentes, que causam a morte de pessoas e animais domésticos, destroem plantas e árvores e até contribuem para que os peixes nadem para fora do leito de rios e morram.
7. Jogadas em um canto qualquer da cidade, as sacolinhas podem acumular água parada e permitir a proliferação do mosquito da dengue.
8. O plástico já é o segundo material mais comum no lixo municipal.Quando os aterros chegam à sua capacidade máxima, é preciso abrir outras áreas – que poderiam ser utilizadas para plantio de vegetação nativa, por exemplo – para o depósito de resíduos.
9. O material orgânico depositado em sacos plásticos demora mais para ser degradado e decomposto em nutrientes e minerais, que serão utilizados em outros processos biológicos.
10. Com a decomposição lenta dos resíduos orgânicos aprisionados nas sacolas plásticas, produz-se mais metano e CO2, que são liberados quando a sacola é rasgada e contribuem para a aceleração do aquecimento global.

Did you know?

5 de junho
Dia Mundial do Meio Ambiente e da Ecologia
    A importância desse dia tem precedentes. O meio ambiente e a ecologia passaram a ser uma preocupação em todo o mundo, em meados do século XX. Porém, foi ainda no séc. XIX que um biólogo alemão, Ernst Haeckel (1834-1919), criou formalmente a disciplina que estuda a relação dos seres vivos com o meio ambiente, ao propor, em 1866, o nome ecologia para esse ramo da biologia.
    Celebrado de várias maneiras (paradas e concertos, competições ciclísticas ou até mesmo lançamentos de campanhas de limpeza nas cidades), esse dia é aproveitado em todo o mundo para chamar a atenção política para os problemas e para a necessidade urgente de ações.
    Se há assunto que consegue igualar todas as pessoas nesse planeta é a questão ambiental: o que acontece de um lado, para bem ou para mal, vai sempre afetar o outro!
    Nessa data, chefes de estado, secretários e ministros do meio ambiente fazem declarações e se comprometem a tomar conta da Terra. As mais sérias promessas têm sido feitas, que vão do be-a-bá ao estabelecimento de estruturas governamentais permanentes para lidar com gerenciamento ambiental e planejamento econômico, visando conseguir a vida sustentável no planeta.
    Podemos, cada um de nós, já fazer a nossa parte para a preservação das condições mínimas de vida na Terra, hoje e no futuro, ou seja, investir mais naquilo que temos de valioso, que é a nossa inteligência, para aprender a consumir menos o que precisamos economizar: os recursos naturais. E é sempre bom lembrar que o Brasil, identificado como um dos nove países-chave para a sustentabilidade do planeta, já é considerado uma superpotência ambiental!

    Fonte: http://www.ibge.gov.br/ibgeteen/datas/ecologia/home.html

sexta-feira, 27 de abril de 2012

II Bike Day

No próximo dia 06 de junho, faremos nosso II Bike Day.


Esta ação é um manifesto/reflexão sobre os gigantescos problemas causados pelo uso intenso de automóveis como forma de deslocamento, sobretudo nos grandes centros urbanos, e um convite ao uso de meios de transporte sustentáveis.

Neste dia, os alunos farão um passeio pelas ruas de nossa cidade, incentivando as pessoas quanto ao uso das bicicletas e assim, provocar uma mudança de hábito em prol da saúde de nosso planeta.

Faremos ainda, uma mobilização em praça pública sobre o uso das ECOBAGS, pois as sacolas plásticas são prejudiciais ao nosso planeta. Alguns supermercados firmaram uma parceria conosco e estarão presentes também, defendendo essa ideia.



Estamos ansiosos para concluirmos mais uma grande ação de nosso projeto!

Stay tuned!

Entenda a polêmica da proibição das sacolas plásticas

Por Lydia Cintra 26 de maio de 2011


A questão é polêmica, já que de um lado estão os que defendem a proibição como a consolidação da consciência ambiental da população e, de outro, os que discordam da medida, como a indústria de materiais plásticos. O Ideias Verdes entrevistou quem entende do assunto a partir de dois ângulos opostos: o Secretário do Verde e Meio Ambiente de São Paulo, Eduardo Jorge, a favor da proibição, e Miguel Bahiense, presidente da Plastivida (Instituto Sócio Ambiental dos Plásticos), que argumenta contra a lei.
Você concorda com a proibição e acha que ela deveria ser aplicada em outras cidades do Brasil? Ou não?
A FAVOR DA PROIBIÇÃO: Eduardo Jorge, Secretário de Verde e Meio Ambiente de São Paulo

Você diz que o problema das sacolas está no consumo excessivo. Você acha que esse excesso, que gera o desperdício, é um problema cultural do brasileiro? O início de um processo de conscientização é a proibição?Não é um problema do brasileiro, isso é um problema universal. Essa consciência é algo recente que vem acontecendo no mundo inteiro. A Lei Municipal de São Paulo não é início da conscientização, é o resultado. Uma câmara municipal de uma cidade como São Paulo só chega a votar um projeto como esse depois que ele amadureceu na própria sociedade. Antes dependia da iniciativa de um comerciante, de uma dona de casa. Agora, passando a ser lei, o processo é mais homogêneo e mais rápido.
A sacolinhas são “inimigas” do meio ambiente?
Ninguém é inimigo do meio ambiente. O problema é o uso inadequado. Tem um ditado popular que diz que “tudo demais é veneno”. Tanto que a lei foi prudente e continuou admitindo o uso da sacolinhas em casos específicos, como nas vendas a granel, em produtos que podem eliminar água, como peixes e carnes… O problema não é a existência da sacolinha. Tudo é uma questão de equilíbrio no “usar”.
Quais os impactos ambientais e econômicos, no curto e no longo prazo, com a proibição em São Paulo?
Faz mais de dois anos que estamos apoiando e acompanhando esse projeto na Câmara Municipal. Não foi um debate simples nem imprudente. Um dos objetivos positivos que se visa com a diminuição do uso das sacolas descartáveis é diminuir o impacto que elas têm nas enchentes da cidade. É claro, a sacola não é a causa única. São muitas causas para uma cidade ter problema de enchente. Com o uso de sacolas que são frágeis, que não são produzidas pra acondicionar lixo, colocada em calçadas, o lixo que se rompe vai para o bueiro, para o rio, e ajuda a provocar enchentes. Um segundo efeito positivo é diminuir a destinação inadequada das sacolas para rios, mares e locais que causam prejuízo à fauna. E finalmente, um efeito importante é que, como ela é um subproduto do petróleo, e o uso do petróleo é uma das principais causas do aquecimento global, você também contribui para a redução do problema do aquecimento global. Uma cidade como São Paulo se calcula que mais de 600 milhões de sacolas descartáveis são usadas por mês. No estado, isso varia de 2,5 a 3 bilhões de sacolas por mês. Para você ver que é uma coisa aparentemente simples, mas toma uma dimensão gigantesca.
E as pessoas que acondicionam lixo doméstico nessas sacolas?
Acondicionam pela própria faltam de informação do poder público. Porque os serviços que tratam de lixo nas cidades mostram que é inadequada o uso dessa sacolinha frágil para o acondicionamento de lixo, principalmente lixo orgânico. Elas se rompem com facilidade, portanto, esse é um uso incorreto, não é recomendado. O Inmetro e os serviços de recolhimento de lixo das cidades indicam o saco plástico próprio para você acondicionar o lixo. Esse saco é produzido com plástico reciclado, tem a resistência adequada pra evitar o rompimento. Nós temos que usar esses sacos específicos. Isso vai custar alguma coisa? Sim. Na minha casa, por exemplo, em que moram 6 pessoas, nós compramos o saco de 50 ml, que vem embalado com 10 unidades, custa 4 reais – cada saco 40 centavos. Nós usamos 2 sacos por semana, 8 sacos por mês: R$3, 2 por mês usando o saco adequado, correto, de uma família média. Os comerciantes, seja uma papelaria, uma farmácia ou supermercado, embutem no preço que você paga nos produtos o saco que ele dá, entre aspas. Ele não vai dar nada de graça. Então a população, seja rica ou pobre, paga os saquinhos que tira no supermercado, na papelaria, na farmácia… e o preço de cada um gira em torno 0,15 a 0,20 centavos. E são saquinhos pequenos. Sai mais barato, a longo prazo, você comprar o saco adequado.
Você acha que a proibição pode gerar um aumento no preço dessas sacolas “corretas”?
Pelo contrário, vai baixar o preço, porque vai ter mais gente comprando. A tendência é baratear ainda mais. E outra coisa importante: a indústria plástica, que fez um lobby tão forte, que parou o projeto durante dois anos aqui na câmara municipal, tem uma visão muito errada, porque eles mesmos é que vão produzir o saco adequado. Então é uma questão de você remanejar a sua produção na indústria e produzir o saco adequado. Mas, mudança de hábito sempre dá um pouco de trabalho de convencer, né?
CONTRA A PROIBIÇÃO: Miguel Bahiense, presidente da Plastiva (Instituto Sócio-Ambiental dos Plásticos)

Quais impactos econômicos que serão sentidos com a proibição das sacolas plásticas?Os impactos podem ser mais severos do que o esperado. No Brasil, são cerca de 30 mil empregos diretos para quase 250 empresas fabricantes. Mas será em São Paulo, por ser o maior centro consumidor do país, que os impactos serão mais sentidos. São quase 6 mil empregos. Proibi-se um produto sem que haja qualquer alternativa consistente do ponto de vista ambiental, o que vai gerar problemas sociais e econômicos. Embalar o lixo em plástico é uma recomendação dos órgãos de saúde do país, para que se evite contaminações. Na falta dessa embalagem, o consumidor deverá comprar sacos de lixo, o que irá gerar custo adicional às famílias. Deveríamos banir as sacolas ou promover ações em favor de seu uso responsável? Imagine se baníssemos tudo o que é moderno? Voltaríamos aos primórdios, com baixa qualidade e baixa expectativa de vida e com epidemias que, atualmente, só fazem parte dos livros de história.
Porque as sacolinhas são vistas como “inimigas” do meio ambiente?As sacolas plásticas são apontadas incorretamente como sendo causadoras de impacto ambiental, quando na verdade o problema não reside nelas e sim no desperdício que gera o descarte incorreto, piorado pela inexistência de sistemas de coleta seletiva de lixo. É muito mais simples culparmos um produto, rotulando-o, incorretamente, de o vilão do meio ambiente, do que olhar para o nosso próprio umbigo e reconhecermos que os nossos erros geraram uma situação problemática com a profusão de sacolas no meio ambiente. Acreditamos que o combate ao desperdício a partir da educação é o caminho para solução. Educar a indústria para fabricar sacolas resistentes de acordo com as Normas Técnicas, conscientizar e educar o varejo a comprar apenas estes produtos e conscientizar o cidadão, orientando-o a só utilizar uma sacola resistente, ao invés de colocar uma dentro da outra, o que gera o desperdício.

Quais as vantagens de continuarmos usando as sacolas plásticas ao invés de sacolas duráveis, como as “ecobags”?Um estudo britânico verificou o ciclo de vida de sacolas de algodão, ecobags de diversos tipos de materiais, inclusive de plásticos, sacos de papel, papelão e sacolas plásticas tradicionais e biodegradáveis. Das 9 categorias ambientais avaliadas, as sacolinhas comuns tiveram melhor desempenho em 8. Menor consumo de matérias-primas e menor emissão de CO2 foram duas delas. E as ecobags de plásticos, mesmo plástico das comuns, também tiveram ótimo desempenho, comprovando as vantagens ambientais dos plásticos.
A questão do consumo e desperdício de sacolas plásticas no Brasil é um problema cultural? A solução está na conscientização e não na proibição?De fato é preciso conscientização, pensar no todo. Há a questão da qualidade das sacolas. Quando a sacola é feita dentro da norma técnica, garante uma redução no consumo. Há a questão cultural. O consumidor tem revisto seus hábitos de consumo, mas é a educação ambiental que vai melhor orientá-lo para as questões do reduzir o desperdício, reutilizar o produto e reciclar. Há a questão do descarte. Hoje os grandes centros sofrem com a questão dos lixões e aterros. O ideal seria cada vez mais destinarmos menos produtos aos aterros, por meio da reutilização e reciclagem. São necessárias ações de educação e a visão da necessidade da responsabilidade compartilhada: indústria, varejo, população e governo fazendo cada um a sua parte para adequar a questão do consumo e do descarte. Não é justo e correto proibir o uso de um produto seguro como forma de minimizar as responsabilidades de cada um desses atores.
Como começar um processo de conscientização?Desde 2008, a Plastivida, juntamente com o Instituto Nacional do Plástico (INP) e a Associação Brasileira da Indústria de Embalagens Plásticas Flexíveis (ABIEF), promove o Programa de Qualidade e Consumo Responsável de Sacolas Plásticas, que incentiva o consumo adequado dessas embalagens, sem o desperdício. E os resultados são consistentes, e reconhecidos, até mesmo pelo governo federal. Em 2007, o consumo de sacolas era de 17,9 bilhões. Em 2008, passou para 16,4 bilhões, em 2009 para 15 bilhões e fechou 2010 em 14 bilhões. A expectativa para este ano é de que haja a redução no consumo de mais 750 milhões de unidades dessas embalagens, o que representa 26,3% menos de sacolinhas sendo consumidas de 2008 a 2011.
Quando o assunto é a embalagem para se carregar as compras, acreditamos que é direito do consumidor escolher o melhor modo de levar suas compras para casa. Segundo pesquisa Ibope, 71% das donas de casa apontam as sacolinhas plásticas como as preferidas para transportar as compras e 75% delas são a favor do seu fornecimento pelo varejo.

Fonte: http://super.abril.com.br/blogs/ideias-verdes/entenda-a-polemica-da-proibicao-das-sacolas-plasticas/